sábado, 16 de março de 2013

Saiba o que é um family office e onde as famílias milionárias estão aplicando


Quem tem mais dinheiro costuma ter acesso a serviços exclusivos, com assessoria para ajudar nas suas decisões. Com os investimentos, claro, não é diferente. O family office é uma dessas estruturas montadas para famílias com muitos recursos, normalmente donas de grandes empresas, e que precisam de uma assessoria completa, que inclua a parte jurídica, contábil, fiscal e de investimentos.
Enquanto a divisão de fortunas das gestoras de recursos, conhecidas como “wealth management”, se preocupam mais com o asset alocation (alocação dos recursos financeiros de clientes muito ricos) e a divisão de alta renda dos bancos (private banking) disponibiliza alguns produtos e serviços diferenciados, os family offices prestam uma consultoria muito mais completa para as famílias, explica Paulo Colaferro, sócio-diretor da Taler, um Multi Family Office com sede em São Paulo. “Este serviço vai muito além do investimento financeiro”, pontua.

Como normalmente estas pessoas possuem vários negócios e empresas, são analisados aspectos como a participação societária, a incorporação imobiliária - via produto financeiro ou não - fluxo de caixa e o planejamento sucessório e fiscal. “É uma consultoria completa. Observamos todo o contexto da gestão, não só da alocação de recursos, mas de operação, de governança familiar, de todos estes aspectos pertinentes a decisão do que fazer com o patrimônio. Existem family offices que nem têm a área de asset alocation. Eles terceirizam essa parte e fazem todo o resto do planejamento”, explica.
Onde essas famílias estão investindo
O executivo aponta que as famílias ricas estão tomando consciência de que é necessário mudar a maneira de investir para conseguir retornos maiores, em um cenário de juros baixos. “Temos dito para os clientes que, para você ter um retorno real daqui para frente é preciso tomar mais risco ou é preciso comprometer seu dinheiro por um prazo maior”, afirma. “Aquele negócio de ganhar 10% ou 15% de juro nominal e 4,5% de juro real em investimento com liquidez diária acabou, esse mundo não existe mais”, completa.
Neste contexto, ele aponta que um dos investimentos preferidos dos ricos são os fundos de private equity. “Antigamente você falava de investimento em private equity mas ninguém queria nem ouvir falar. Hoje em dia, quando tem um evento sobre o tema, precisamos fazer duas ou três sessões e mesmo assim a sala fica cheia em todas”, diz.

Os fundos de private equity investem em empresas de capital fechado, com objetivo de organizar a estrutura da empresa e melhorar os lucros para uma possível captação na bolsa posteriormente.
De acordo com Colaferro, os investidores mais ricos também começam a ficar de em investimentos no setor agropecuário. “Achamos que tem uma ‘perna’ de valorização importante, principalmente em projetos que vão comprar áreas de pastagem para transformá-las em áreas agrícolas. Existe um potencial muito grande de valorização quando você transforma uma área de pasto em uma produtora de grão”, acredita.
Ainda segundo o Colaferro, investimentos na área de logística, principalmente logística agrícola – armazenagem, seleção e secagem de grãos, também têm um bom potencial e estão sendo observados mais de perto pelo family office. “O que se perde hoje da produção no transporte é um absurdo. Então acho que muitos investimento serão canalizados para esta área”, afirma.
O executivo lembra que muitos projetos como esses que começam não conseguiam concorrer com investimentos mais conservadores, como os títulos públicos, há alguns anos. “O título público pagava 4% de juro real, então um projeto deste tipo precisava pagar muito mais do que isso para o investidor aceitar correr o risco. E hoje não acontece mais isso”, lembra.

Para fazer aplicações deste tipo, a Taler prefere utilizar uma estrutura financeira, devido ao arcabouço regulatório. “Você pode ter mercado secundário e normalmente tem uma gestão . Além disso, muitas vezes você tem os benefícios fiscais neste tipo de estrutura, como é o caso dos fundos imobiliários. Por isso vemos vantagem de entrar em um private equity via FIP (Fundo de Investimento em Participações), ou em um projeto de desenvolvimento imobiliário via fundo”, aponta.
Os fundos imobiliários também têm feito parte da carteira dos investidores. Para ele, esta é uma boa alternativa, mas é importante se atentar para os imóveis que fazem parte da carteira do fundo. “Você precisa avaliar muito bem o que está comprando. Todo mercado que sofre excesso de liquidez, que tem muito dinheiro fácil, acaba sofrendo distorções”, conclui.
Fonte: infomoney




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Alguns setores estão com valuation "bastante atrativo", diz SulAmérica


Apontando para o quadro atual de oscilações contínuas, a SulAmérica Investimentos frisou em sua carta mensal que enxerga alguns setores da bolsa de valores com preços interessantes. “Apesar de um cenário mais incerto, mantemos uma visão otimista, especialmente nos setores financeiro, imobiliário, alimentos e mineração, com ‘valuation’ bastante atrativo”, aponta a gestora em sua carta.
Já ao analisar o cenário macroeconômico brasileiro, a instituição aponta que a probabilidade de haver uma elevação nos juros básicos é significativa, em função da forte pressão inflacionária, que se encontra acima da meta do Banco Central. No entanto, a SulAmérica não descarta que o governo aceite um cenário de inflação mais elevado, com juros estáveis, caso a economia não dê sinais de recuperação.
“Neste sentido, continuamos preferindo ativos atrelados à inflação, especialmente com horizonte de retorno médio”, pontua a carta.


Quadro externo
Ao avaliar o quadro externo, a instituição acredita que as políticas monetárias expansionistas deverão continuar em diversos países, devido a um melhor cenário econômico.
Adicionalmente, o risco fiscal nos EUA e as incertezas políticas na Europa não deixam espaço para os bancos centrais alterarem suas políticas de estímulo monetário.

Inva faz alteração em sua carteira de fundos de investimentos


A Inva Capital divulgou sua carteira “alternativa” para o mês de março com uma alteração. A Inva decidiu acrescentar o fundo Quest Equity Hedge, com um peso de 10%, reduzindo os percentuais dos fundos BTG Pactual High Yield, de 15% para 10%, e do CSHG Top 30, de 25% para 20%.
“Com essa alteração, o investidor perderá um pouco de liquidez, mas conseguirá provavelmente melhorar a relação Risco Vs Retorno da sua carteira de investimentos”, afirmou a Inva, em relatório.
As aplicações que permaneceram inalteradas foram: BNY Mellon ARX Hedge Plus, Claritas Long Short, BTG Pactual Hedge Plus e Plural Capital Institucional.

DesempenhoEm fevereiro, a carteira registrou valorização de 0,49%. Seu benchmark, IFMM, ganhou 0,39% no mesmo período.


Confira as recomendações para o mês de março:
FundoEstratégiaPeso
Fonte: Inva Capital 
BNY Mellon ARX Hedge Plus Macro15%
Claritas Long ShortLong Short15%
BTG Pactual Hedge Plus Multiestratégia15%
Plural Capital Institucional Multiestratégia15%
CSHG Top 30 FICMultigestor20%
BTG Pactual High Yield Multiestratégia 10%
Quest Equity Hedge FIC FIMLong Short      10%


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Para a Coinvalores, os setores atrelados ao consumo doméstico, serviços e infraestrutura devem chamar a atenção

Ibovespa Index, 1994 - jul 2009, São Paulo Sto...
Ibovespa Index, 1994 - jul 2009, São Paulo Stock Exchange (Photo credit: Wikipedia)

A Coinvalores afirmou em relatório de gestão que as boas oportunidades de investimentos em empresas estão fora do Ibovespa, principal índice da bolsa da valores brasileira. “As melhores oportunidades estão fora do índice, especialmente em setores atrelados ao consumo doméstico, serviços e infraestrutura.”
A estratégia de março da corretora desvinculou seus investimentos listados de empresas listadas no Ibovespa, já que importantes companhias do índice não têm vetores de alta no médio prazo.
“Em nossa opinião, o índice continuará sendo pressionado pelos setores que vem sofrendo algum tipo de interferência governamental. Nesse sentido, destacamos o setor de energia, que depois da MP 579, não apresenta boas perspectivas de crescimento da lucratividade para este ano”, diz a carta.

Blue Chips
Ainda de acordo com a Coinvalores, a Petrobras continuará apresentando piora nos resultados em 2013, uma vez que a companhia importa combustíveis por um preço maior do que vende internamente, seguindo a política do governo de conter a inflação.
Em relação à Vale, a aquipe de gestão disse que, apesar do desconto em relação aos seus pares internacionais e das expectativas favoráveis para o preço de minério de ferro, devem continuar pressionadas em bolsa, por conta das incertezas em relação à nova “Lei mineral”, que revisará o pagamento de royalties e tributos na extração mineral.
“Por outro lado, dentro do Ibovespa, vislumbramos cenário positivo para o setor bancário, visto o cenário de crescimento do crédito, redução da taxa de inadimplência e melhora da margem financeira”, concluiu a corretora.


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