Em sua carteira de renda fixa sugerida para novembro, a XP Investimentos ressaltou que, mesmo com o corte de 0,50 ponto percentual na Selic no último dia 19 de outubro, os preços de alguns ativos de renda fixa ainda se mantêm atraentes.
“Por isso, observamos que títulos indexados à inflação são boas alternativas de carteira. Lembrando que com ativos atrelados a inflação o investidor mantém o poder de compra com ganho real”, explica a analista Laura Bartelle.
Sendo assim, dada a remuneração dos títulos recomendados no mês passado e a tendência macroeconômica, a corretora fez algumas alterações nas recomendações de médio e longo prazos para novembro.
“Na carteira de médio prazo retiramos as debêntures da Providência Ind., e inserimos as debêntures da Telemar (TNLE15) que conta com um rating melhor AA+(bra) pela Fitch e taxa de DI + 0,65%a.a.”, diz Laura.
Já para a carteira de longo prazo, o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) da Br Distribuidora foi substituído pelo CRI da Brazilian Sec 251, devido a disponibilidade do ativo. Também chama atenção a rentabilidade do ativo, de IGPM+7,50% a.a.
Desempenho em outubro
Para a XP, no mês de outubro, os investidores sentiram o aumento dos índices de inflação, que influenciaram, positivamente nas carteiras de renda fixa da corretora.
A carteira de curto prazo registrou 0,92% de rentabilidade, equivalente a 110% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). O principal motivador desse desempenho foi a posição em LCI (Letra de Crédito Imobiliário), que possibilita um ganho tributário alto no curto prazo (a LCI é isenta de Imposto de Renda para Pessoa Física).
Por sua vez, a carteira de médio prazo registrou 0,94% de remuneração, equivalente a 112% do CDI, porém sem surpresas. “Importante mencionar que apesar de utilizarmos o CDI mensal como benchmark da carteira, os ativos são selecionados buscando a melhor rentabilidade no horizonte de médio prazo”, explica a analista.
Já a carteira de longo prazo obteve um desempenho significativo de 1,01% no mês, equivalente a 121% do CDI no período. Influenciou a inflação do mês de outubro que, de acordo com a Projeção Andima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), registrou 0,44% de alta (no entanto, o dado oficial só será divulgado dia 8 de dezembro).
“Vale mencionar que com a redução da taxa Selic, acreditamos na contínua aceleração desse indicador, corroborando nosso call de ativos indexados à inflação”, conclui Laura.
Veja as carteiras sugeridas para novembro.
Curto Prazo (de 1 a 6 meses) | |||||
Título | Emissor | Vencimento | Taxa | Quantidade Mínima* | Proporção |
CDB | Bancos | de 1 a 6 meses | 98,5% CDI | R$ 1.000,00 | 20% |
LCI | Bancos | 180 dias | 93% CDI | R$ 30.000,00 | 80% |
Médio Prazo (de 6 meses a 2 anos) | |||||
Título | Emissor | Vencimento | Taxa | Quantidade Mínima* | Proporção |
LTN 010114 | Governo Federal | 01/01/2014 | 10,55% | R$ 200,00 | 20% |
TNLE15 | Telemar Norte | 15/04/2014 | DI+0,65% | R$ 10.300,00 | 30% |
LCI | Bancos | 22/01/2013 | 95% CDI | R$ 1.000,00 | 50% |
Longo Prazo (mais de 2 anos) | |||||
Título | Emissor | Vencimento | Taxa | Quantidade Mínima* | Proporção |
Deb. AMLP33** | Amil Part. | 15/10/2015 | DI+0,70% | R$ 1.050,00 | 30% |
Deb. CBAN11 | Companhia Rota das Bandeiras | 15/01/2022 | IPCA+6,30% | R$ 14.300,00 | 20% |
CRI Brazilian 251 | Brazilian Securities | 20/07/2041 | IPCA+7,50% | R$ 320.000,00 | 50% |
*Quantidade mínima ou preço unitário aproximado
Fonte: infomoney
Nenhum comentário:
Postar um comentário